Odiava pessoas.
Era assim que definia o mais profundo dos seus sentimentos, todos eles movidos pela inveja. Odiava pessoas pequenas, gordas, feias ou estúpidas, mas sentia fascínio por mulheres. As mulheres ainda eram para ele um grande mistério. Fascinavam-no. Despertavam qualquer coisa que nem ele próprio conseguia decifrar. A beleza não a conseguia encontrar com a facilidade que as pessoas ditas normais a encontram, aquilo que procura num primeiro olhar sobre cada mulher, são defeitos.
Toda a sua vida viveu isolado, solitário.
Vivia num casarão, num monte, algures no Alentejo. Em redor apenas se viam o monte e o céu, de onde todas as noites de verão se conseguia ver perfeitamente as constelações. O casarão encontrava-se praticamente vazio, com as paredes escuras, sujas e pouco iluminadas, onde qualquer estranho se perderia facilmente na sua imensidão. Apenas uma divisão da casa parecia ser usada pela presença de uma mesa mal iluminada por um candeeiro já velho, onde estava pousado um computador também ele já velho. Esse era o objecto que o ligava ao mundo, que o fazia sentir parte do mundo, que o fazia sentir alguém, um mundo que somente imaginava, uma vez que apenas conhecia a casa onde vivia, sendo a sua única verdadeira companheira, uma coruja que todas as noites aparecia junto da árvore que, em dias de sol intenso tipico do Alentejo, lhe fazia sombra á casa.
Era assim que definia o mais profundo dos seus sentimentos, todos eles movidos pela inveja. Odiava pessoas pequenas, gordas, feias ou estúpidas, mas sentia fascínio por mulheres. As mulheres ainda eram para ele um grande mistério. Fascinavam-no. Despertavam qualquer coisa que nem ele próprio conseguia decifrar. A beleza não a conseguia encontrar com a facilidade que as pessoas ditas normais a encontram, aquilo que procura num primeiro olhar sobre cada mulher, são defeitos.
Toda a sua vida viveu isolado, solitário.
Vivia num casarão, num monte, algures no Alentejo. Em redor apenas se viam o monte e o céu, de onde todas as noites de verão se conseguia ver perfeitamente as constelações. O casarão encontrava-se praticamente vazio, com as paredes escuras, sujas e pouco iluminadas, onde qualquer estranho se perderia facilmente na sua imensidão. Apenas uma divisão da casa parecia ser usada pela presença de uma mesa mal iluminada por um candeeiro já velho, onde estava pousado um computador também ele já velho. Esse era o objecto que o ligava ao mundo, que o fazia sentir parte do mundo, que o fazia sentir alguém, um mundo que somente imaginava, uma vez que apenas conhecia a casa onde vivia, sendo a sua única verdadeira companheira, uma coruja que todas as noites aparecia junto da árvore que, em dias de sol intenso tipico do Alentejo, lhe fazia sombra á casa.
A aldeia mais proxima ficava a 79 quilómetros. Uma vez por mês aventurava-se a sair de casa em pleno dia para se abastecer dos bens de primeira necessidade, sendo essa a única ocasião em que deixava os raios de sol tocar a sua pele.
Preferia a noite e os seus mistérios.
Continua.
[Sophie]
1 comentário:
Parece que de repente o talento literario despertou em toda a gente. E ainda bem.
Fico contente por ser um dos que tem o prazer de ler as palavras.
continua
Enviar um comentário